Sempre que chegam até mim pra entender estilo, digo que a análise de coloração pessoal é o melhor começo ✨: acessível, se comparada aos demais serviços da consultoria; lúdica e fácil de apreender, porque fala de cor; completa na entrega – cê já sai do atendimento com repertório pra chegar em casa e testar 🌈. No entanto, tenho notado uma tendência do mercado em fazer da ferramenta mais um dogma de aparência, “não tá na paleta, não serve, não combina, não usa” 🤔.
Como todo estereótipo, esse também é atalho 🤦🏽♀️. Decorar a fórmula é mais fácil do que analisar o conceito, aprofundar pra aplicar no caso-a-caso, nas necessidades que cê tem no vestir. De cá, lamento muitíssimo. Primeiro porque onde falta pensamento crítico sobra espaço para o reforço de opressões (e a mulher preta que não é comtemplada pelo método racista majoritário no mercado?)😞. Segundo porque pensar assim é desperdiçar uma valiosa oportunidade de crescer no estilo, evoluir como gente.
Por isso, no post de hoje trouxe possibilidades pra gente pensar pr’além da paleta. Pra fazê-la caber em nossa vida, não o contrário 😉
UMA CARACTERÍSTICA DE CADA VEZ
Como primeiro chega a teoria, vamos considerar os 3 aspectos de todas as paletas: temperatura, profundidade e intensidade 🧐. Pra não prolongar, cata seu guia de cores (que pllds sua consultora entregou) e repara nos seus. Fria, quente ou neutra? Qual o contraste? Cê brilha ou é mais opaca? 👀 Então, minha primeira dica é fixar uma dessas características e combinar livremente as demais – não burle as 3 de uma vez ❗
Pra ilustrar, aqui vou de exemplo 😅. Sou inverno escuro, e seguindo a lógica, minha cartela é neutra-fria (temperatura) + brilhante (intensidade) + alto contraste ou cores escuras (profundidade). Assim, quando uso um batom claro (trapaceando na “profunidade”), compenso elegendo uma cor fria e acrescentando brilho com gloss – que nem, igualzinho, na foto ao lado 😎.
Essa é a parte mais chatinha de entender, mas uma vez que domine suas características, fica beem fácil de usar qualquer cor com método e inteligência. Volta do guia, repara nos detalhes e vá se colocando desafios. Ao invés de seguir o comando já pronto, que tal o caminho inverso: qual aspecto da paleta cê topa burlar hoje? 😏
MAIS VALOR PRO QUE É NOSSO
Na prática, priorize mais de você mesma 😉. Lembra que análise de coloração é sobre reproduzir nossa beleza? Por isso, quando fugir da paleta deixe mais pele em evidência. Mostre o colo com decotes; os braços com mangas curtas; use comprimentos menores nas pernas. Se traz leveza pra silhueta, não se fechando num bloco de tecido, a sensação visual se equilibra 🍃.
Também rola usar peças com transparência, um jeito menos óbvio de mostrar a silhueta 🔥. Óh só como minha irmã – que tem uma cartela beeem suave – faz quando escolhe usar preto. A sensação fica mais harmônica, não fica?
PROPORÇÃO DE CORES
Vestir roupa é, no final das contas, fazer composições – como se o look fosse mesmo uma pintura ou fotografia ⚡. Por isso, é interessante pensar nos espaços que cada cor vai ocupar na imagem e, se tiver sentido, reservar as menores proporções pras que estão fora da paleta (por meio de um cropped, short, blusa de alcinha etc.) 💡.
Nos registros abaixo, repara como a túnica usada na primeira imagem (paleta!) ocupa um espaço visualmente maior que a legging (não-paleta) 🙃. O mesmo acontece no look dessa cliente com a calça listrada e no da seguinte, com a jaqueta. Ambas equilibraram cores não presentes em sua cartela considerando o impacto visual no todo. Massa, né? 🧚🏽♀️
ESQUECE A PALETA E DEIXA O OLHO BRILHAR
Essa conversa é pra te convencer de que cor não é nem de longe o único aspecto que importa no estilo 🙈. Faz sentido usar com intenção? Faz. Mas a gente tem muitas outras expressões pra se restringir apenas em cor (ainda mais numa paleta limitadíssima como essas do mercado) 👀.
Quando olhamos pro armário não dá pra ignorar os paetês, ainda que sua beleza seja ocapa; o toque natural do linho, se curte roupas mais orgânicas (& tenha uma paleta brilhante). Tem pontas pra impor, tecido e modelagem pra sentir, silhueta… Tanta, mas TANTA coisa! ✨ Esse lookinho que vesti numa produção me catou pela textura, bordado e caimento impecável. E-tô-usando-laranja! hahah 😎
Da minha trajetória no Direito, aprendi que primeiro a gente estuda a regra, entende sua aplicação e efeitos na #vidareal, cada vírgula. Depois, toma liberdade e vai atrás das brechas: pra transformar a realidade, pro bem 🖤.
Na moda a mesmíssima coisa acontece e perde muito quem para só na primeira parte do processo.
Pronta pra subverter sua paleta de cores? 🌈🔥
#analisedecoloraçãopessoal #estiloposiciona #modaagentepensa
