“Eu adorei sua abordagem REAL, mas seu estilo é bem diferente do meu… eu não curto cor, sou casual e (…) queria ser mais elegante, odeio color color block, odeio estampas… será que a consultoria com você funcionaria ou teria que ter o mesmo estilo?“
Recebi essa mensagem de uma seguidora 🤔, fazendo jus a tantas outras que também calcularam o meu vestir nas cifras pra contratação da consultoria. E há sentido ✨! Primeiro porque “estilo” é a essência do que faço; segundo porque num serviço tãaao íntimo e personalizado, #cadadetalheconta 🍃. Maaas, não nego que a pergunta despertou dilemas: a imagem que tenho de mim (não tão criativa assim) é a mesma percebida pelos outros (num armário de pura cor e diversão)? Se não é, consigo controlar a forma como sou vista? E na cereja do bolo 🍒, minhas roupas definem a minha imagem profissional? 🤯
Se não definem, elas impactam – e taí o direct da seguidora pra comprovar 🙃.
Barthes* explica que o cérebro atribui signicados simbólicos a tudo o que vemos 🧐, e que isso é feito segundo nossa bagagem pessoal de vida e emoções. Considerando que somos-MUITA-GENTE vivendo no mundo 🌏 e que ninguém pensa, sente ou enxerga igual, é bem tranquilo constatar que não controlamos a forma como somos vistas, muito menos a opinião dos outros sobre a nossa aparência 😮.
Mas não rola jogar o armário pro alto porque roupa é também comunicação 💥 e, assim como uma palestra ou relatórios materializam nossa expertise no trabalho, estilo também o faz ⚡. Muito mais por interferir na relação (de conforto e autoridade ) que estabelemos com nossa ~psique profissional~, do que efetivamente por mudar a opinião de clientes ou colegas a respeito da gente – apesar de eu acreditar que isso também acontece 😝. Por isso, parecer-ser nosso “eu profissional” é bem importante – pra gente e pros outros 💁🏽♀️.
Voltando ao drama dessa canceriana 😬, por mais que não me reconheça no mosaico de estampas e texturas 🎨 que o senso comum transpira sobre “criatividade”, eu enfim aceito a reputação de parecer-ser criativa. Não porque só crio looks mirabolantes ou obrigo clientes a usarem color-blocking 🌈, mas porque é minha função apresentar caminhos possívei$ e singulares às mulheres chegam, cada-qual com suas questões sobre vestir 🍃. E óh… Definitivamente, isso não se faz sem criatividade.
Só agora escrevendo, consigo perceber o quanto essa inteligência criativa que visto de um jeito único, define meu trabalho na consultoria – que também é único ✨. Tem bastante textura e muitas camadas – dos tecidos, mas também de existências 🖤; é irreverente pra impactar, na medida em que não se conforma a teorias rasas 🔥; com menos estampa e mais escuta; delinea formatos de um jeito que nenhum manual de silhueta é capaz de dizer.
As roupas que uso contam um bocado da profissional que sou 🧚🏽. E apesar de não ensinar cliente alguma a se vestir como eu, meu estilo precisa mesmo ser computado no cálculo que toda gente faz pra me contratar 👀. Porque minha criatividade, minhas roupas e minha profissão são prismas diferentes 💎 de uma coisa só: Olívia 🐚.
Pois é.
👉🏽 Nosso estilo define – e é definido por – quem somos no trabalho.
#roupadetrabalho #trabalhoecriatividade #estiloposiciona
* em seu livro “Elementos da semiologia”.